A Câmara Municipal de Lisboa pretende aumentar a mata do Parque Florestal de Monsanto que actualmente conta com 962 hectares. Do mesmo modo, pretende incrementar um autocarro ecológico.
À margem da reunião pública, na qual foi apresentada a estratégia para o Parque Florestal de Monsanto, o vereador da Estrutura Verde e Energia, José Sá Fernandes, afirmou à agência Lusa que a autarquia quer “aumentar a área de Monsanto” em mais 137 hectares. Para o efeito a autarquia pretende “integrar na mata espaços que estão a ser usados pelos ministérios da Justiça e da Defesa e pela Força Aérea”.
Também segundo o vereador, o antigo campo de tiro que vai passar a denominar-se Monte das Perdizes e o antigo Aquaparque vão passar a estar “abertos ao público”. Note-se, no entanto, que estes dois projectos só vão ser debatidos na próxima reunião camarária.
Além do aumento da área da mata, a autarquia pretende também promover a mobilidade neste espaço verde através de um eco-bus. Por isso a edilidade está a ver se consegue “arranjar verbas” para “ter um autocarro tipo turístico que circulasse entre os diferentes equipamentos de Monsanto, que permitisse uma visita melhor”, explicou José Sá Fernandes.
Recorde-se que o Parque Florestal de Monsanto possui 962 hectares, 528 dos quais com áreas verdes de protecção e 280 com áreas de recreio. Em 2012 foi criado o Plano de Gestão Florestal ao abrigo do qual têm sido realizadas várias intervenções, nomeadamente a plantação, a alteração do coberto vegetal e a criação de trilhos.
De acordo com os dados avançados, nos próximos 20 anos está prevista a substituição de cerca de 15.400 árvores, a plantação de 28.500 árvores e ainda o desrame de 20 mil unidades. Existe também a aposta no Ecoturismo em Monsanto, estando previsto a construção de um hostel com 120 camas.
Para o vereador, as intervenções que têm sido implementadas ao longo dos anos vão permitir ter uma “verdadeira mata” e “mais biodiversidade, mais animais e mais árvores”.
Na mesma reunião foram aprovadas: a criação de um plano de acção local para aumentar a biodiversidade no concelho em 20% até 2020, através da ampliação da área de espaços verdes públicos, do número de bacias de retenção e de infiltração e da instalação de hortas urbanas; e a abertura de um novo concurso público para a requalificação da zona do Sul do Jardim do Campo Grande no valor 1,4 milhões de euros.