O anúncio foi feito pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) que avançou que a rede de bicicletas partilhadas vai entrar em funcionamento já a partir do primeiro semestre de 2017.

Este projecto vai avançar numa primeira fase apenas na zona do Parque das Nações mas posteriormente abrangerá o resto da cidade. O presidente da EMEL, Luís Natal Marques, explicou à agência Lusa consideraram a zona do Parque das Nações por ser “uma zona mais contida da cidade” e por isso mesmo “seja por aí que devamos começar”.

A rede será constituída por 1.410 bicicletas, 940 eléctricas e 470 convencionais, que serão distribuídas por 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo central (que abrange as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.

De acordo com Luís Natal Marques, “a empresa está escolhida, que é a Órbita, e estamos a fazer a recolha de toda a documentação necessária para submeter ao Tribunal de Contas essa operação”. Mas o valor base inicialmente traçado de 28,9 milhões de euros, devido à “concorrência” teve de ser reduzido na ordem dos 20%, ou seja, para 23,09 milhões de euros.

De acordo com o plano de negócio do projecto, o passe anual deverá custar 36 euros e o bilhete diário dez euros, pelo que a empresa prevê auferir uma receita de 897.321 euros por ano. Já pela via da publicidade, a EMEL tenciona cobrar 350 euros por bicicleta o que deverá representar um encaixe financeiro anual superior a 400 mil euros.

Luís Natal Marques considera que esta “é uma operação para uma cidade que é capital europeia e que pensamos que a merece. Os cidadãos também têm direito a essa forma de mobilidade, que é uma mobilidade suave, e que grande parte das cidades europeias mais importantes tem”.

Foto: Marina Parque das Nações