A Biblioteca da Ordem dos Arquitectos recebe, no próximo dia 25 de Fevereiro, Manuel Villaverde Cabral, Álvaro Domingues, Paulo Catrica e António Bolota para uma conversa em torno do “Arquitectura vista por não arquitectos”.

Esta é a primeira conferência de um ciclo intitulado “O Lugar do Discurso: o discurso não é neutro e o lugar do discurso também não”. Até 6 de Maio vão ser promovidos nove momentos de debate em diferentes locais da cidade de Lisboa e do Porto. Ao longo do ciclo vai ser possível ouvir nomes como Hugo Segawa, José Luís Saldanha, José Manuel Fernandes, Miguel Santiago, José Augusto-França, Michel Toussaint, André Tavares, Joaquim Moreno, Nuno Grande, Tiago Mota Saraiva, António Guerreiro, José Manuel Fernandes, Manuel Graça Dias, Alexandra Areia, Hugo Oliveira, Pedro Baía, Pedro Bismarck, Tiago Krusse, José Bartolo, Vítor Alves, Eduardo Corte-Real, Jorge Silva, Ana Vaz Milheiro e Carlos Duarte, entre outros.

Tomando como ponto de partida o título de um inquérito promovido pelo Jornal dos Arquitec­tos em Outubro de 1986, esta primeira sessão pretende recolocar o debate sobre o campo disciplinar da Arquitectura, questionando os seus limites e pri­vilegiando perspectivas que lhe são “exteriores”.

Na sequência das múltiplas reconfigurações que o discurso sobre a Arquitectura, enquanto disci­plina, assumiu ao longo do século XX, importa pois discutir o que actualmente se considera serem os seus contornos - tendo sobretudo em conta as dinâmicas de mútua influência, de inter-relação, senão mesmo de intersecção ou justaposição, que a Arquitectura tem vindo a es­tabelecer com a produção artística, a actividade científica ou o campo tecnológico, entre outros.

Com efeito, a Arquitectura parece hoje consti­tuir-se como uma prática de fronteiras flutuan­tes, que, ao mesmo tempo que procura afirmar­-se enquanto campo disciplinar autónomo, com especificidades próprias, tem vindo a revelar-se como um território heterodoxo e em constante alargamento.

“O Lugar do Discurso”  é um projecto de investigação financiado pela FCT (2013-2015), na sua origem. Decorre de uma parceria entre o Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e o DINÂMIA, do ISCTE/Instituto Universitário de Lisboa. O projecto é coordenado pela arquitecta Rute Figueiredo e realizado por uma equipa de 10 pessoas entre investigadores e bolseiros de investigação.