Depois de um 2014 ter sido um ano positivo para a maioria das empresas do sector de tintas, para 2015 os empresários pretendem apostar em novos mercados, novos produtos e formação das equipas. Estas são as principais conclusões do barómetro promovido pela Associação Portuguesa de Tintas (APT).
No sector das tintas verificou-se um crescimento do volume de negócios em 72% das empresas e com a diminuição do prazo médio de recebimento em 71%, a APT considera que o ano de 2014 foi um ano positivo para a maioria das empresas inquiridas. No que ao crescimento do volume de negócios diz respeito, em cerca de 43% das empresas, esse crescimento foi superior a 5%. Já no respeitante ao prazo médio de recebimentos, 14% das empresas viu esse prazo aumentado.
Este balanço do ano transacto ficou a dever-se ao desenvolvimento de novos mercados e à diversificação da oferta para novos campos de aplicação. Como principais aspectos negativos do ano de 2014 foi apontado o decréscimo dos preços de venda e a regulamentação específica do mercado das tintas.
É com elevado nível de optimismo e confiança que os empresários do sector que participaram neste Barómetro encaram o ano de 2015. Do ponto de vista estratégico, consideram ser fulcral a aposta prioritária em novos mercados, novos produtos e na formação das equipas. O crescente aumento de confiança no mercado interno, face à diminuição da importância do mercado externo é outro dos dados a reter.
Para o corrente ano, os inquiridos apontam, como pontos a melhorar, a rentabilidade e a produtividade, sendo estes dois dos aspectos que neste barómetro foram apontados como ‘principais problemas’. A redução do endividamento surge em último lugar como opção estratégica, sendo um bom sintoma para o sector porque parece indiciar um equilíbrio nos rácios financeiros, apesar das dificuldades de tesouraria serem apontadas como problema importante para 16% dos inquiridos.
Refira-se ainda que a associação pretende transmitir confiança ao consumidor e credibilidade ao sector que representa. Nesse sentido está a desenvolver esforços para promover a divulgação de um padrão de Tinta com Qualidade Mínima APT que habilite o consumidor a saber distinguir o que lhe convém na variada oferta que lhe é oferecida. Segundo o presidente da APT, Pedro Reis de Almeida, isto surge da necessidade de “dotar o consumidor com instrumentos que o habilitem a distinguir os produtos que obedecem a critérios concretos, apoiados por testes laboratoriais, feitos em estabelecimentos certificados e de acordo com normas internacionais, e outros que não cumpram com essas caraterísticas mínimas, atendendo à oferta cada vez maior de produtos com proveniências muitas vezes desconhecidas”.
A elaboração deste barómetro teve como objectivo auscultar o sentimento das empresas associadas da APT, quanto à evolução do mercado, anseios, expectativas e pontos a melhorar no sector das tintas. A APT procura, assim, ajustar a sua actividade de forma a ir de encontro a estas questões.