A BERD, empresa portuguesa especializada em equipamentos com sistemas de pré-esforço para a construção de pontes, e a FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto lançaram o Prémio Mundial de Inovação em Engenharia de Pontes, BERD-FEUP WIBE 2017. O prémio visa potenciar internacionalmente a elevada capacidade da engenharia portuguesa.
Para procurar saber o que levou as duas instituições a avançar com este prémio – considerada como uma excelente oportunidade para promover a nível internacional as elevadas capacidades, existentes a nível nacional, no domínio da engenharia de pontes – falámos com Pedro Pacheco, CEO da BERD, e com António Silva Cardoso, director do departamento de Engenharia Civil da FEUP.
Na opinião de Pedro Pacheco, “os países e as entidades que organizam prémios de grande prestígio, em qualquer área de conhecimento, acabam por ter uma influência muito particular no desenvolvimento e no avanço tecnológico a nível internacional. Isso decorre do efeito directo de promoção tecnológica que o próprio prémio acarreta e, acima de tudo, do direccionamento que necessariamente advém da organização de um prémio com o perfil do presente”.
António Silva Cardoso destaca a importância do “lançamento de um prémio mundial, com a participação das mais importantes associações internacionais da especialidade e com o envolvimento de mais de 200 universidades, que deverá chegar a dezenas de milhares de investigadores e engenheiros de pontes de todo o mundo”.
O director da FEUP alerta, ainda, que “a instituição do prémio abre uma oportunidade para promover a nível internacional as elevadas capacidades existentes, a nível nacional, no domínio da engenharia de pontes”. Em Portugal essas capacidades existem, quer no domínio da I&D&I (investigação, desenvolvimento e inovação) – quer nas boas escolas, nos bons centros de investigação, experiência de transferência de conhecimentos e tecnologia para as empresas –, quer no domínio da indústria e dos serviços – sendo que as empresas têm tido uma cada vez maior preocupação com a inovação.
Enfim, conclui o responsável da BERD, “a organização de um prémio, com a envergadura do presente, constitui uma enorme responsabilidade e um grande desafio, dado o seu objectivo de contribuir para um posicionamento de liderança da engenharia de pontes portuguesa”.
A engenharia de pontes portuguesa tem condições para ocupar um lugar de liderança no mapa internacional desta área. Na opinião destes especialistas, existem competências para que o caminho a percorrer seja feito com sucesso, tanto nas universidades como nas empresas de projecto e consultoria, nas empresas de materiais e equipamentos e nas empresas de construção. É importante articular essas competências e assumir um papel ativo e marcante na vanguarda tecnológica da engenharia de pontes.
“A FEUP e a BERD têm tido um colaboração muito profícua e com relevantes resultados concretos nos domínios da investigação aplicada e da inovação; consequentemente, estas duas entidades têm vindo, nos últimos anos, a lançar as bases de um centro de competências internacional na área de Engenharia de Pontes. O Prémio BERD FEUP WIBE é uma das iniciativas mais relevantes na prossecução desse desiderato”, destaca Pedro Pacheco.
António Silva Cardoso acrescenta que “o objectivo fundamental da criação do centro de competências é articular as competências que importa agregar, por forma a, por um lado, constituir massas críticas que suportem de forma consistente uma estratégia de incremento da investigação vocacionada para a inovação concretizável em métodos, processos e produtos”.
O Prémio Mundial de Inovação em Engenharia de Pontes “BERD-FEUP WIBE 2017” vai ser lançado na próxima terça-feira, dia 28 de Julho, pelas 17.00 h, na FEUP, no âmbito do protocolo que vai ser celebrado nesse dia entre a BERD e a FEUP. No site www.fe.up.pt/wibe já se encontram abertas as pré-inscrições e mais informações sobre o prémio.
Elisabete Soares – Imobiliário/Vida Económica