As políticas de reabilitação urbana permitiram à Câmara de Vila Real de Santo António (VRSA) criar um centro comercial e um alojamento a “céu aberto”, a par da reabilitação do centro histórico pombalino. Agora, este legado vai ser candidato a Património da Humanidade.
O presidente da Câmara Municipal de VRSA, Luís Filipe Gomes, explicou à Magazine Imobiliário (edição nº5, 2014) que pretendia “ver a história de Vila Real de Santo António bem conservada” e, por isso transformaram o “Centro Histórico num cartão-de-visita cultural” e prosseguiram com “a maior operação de sempre de requalificação do comércio da cidade”.
Financiadas pelo fundo comunitário Jessica e avaliadas em um milhão e meio de euros, foi levado a cabo um conjunto de intervenções que transformaram a cidade numa referência turística e comercial que deu origem à criação da marca ‘VRSA a Céu Aberto’.
Os responsáveis operacionais desta transformação, a Sociedade de Gestão Urbana, teve, além de toda a encomenda feita a gabinetes de urbanismo, arquitectura e design, de realizar um trabalho de ‘porta a porta’ junto de aproximadamente 200 lojistas para os levar a aceitar a proposta de mudança.
Depois de o “Centro Comercial a Céu Aberto” ser uma realidade, entrou em marcha, também na zona histórica, o projecto do “Alojamento a Céu Aberto”. Além de ter reabilitado o edifício de Antiga Alfândega – o primeiro imóvel a ser construído na cidade – e onde será aberto um restaurante e cinco suítes, o objectivo passa também por requalificar o Hotel Guadiana (do início do século XX), que deverá estar concluído dentro de ano e meio, e reconverter a antiga Câmara Municipal para alojamentos. No total desta primeira fase, VRSA terá uma oferta hoteleira de 133 novos quartos.
“Estamos também” – acrescenta – “a dar forma ao projecto que permitirá a implementação de um cluster do mar em VRSA, revitalizando a indústria naval, um dos impulsionadores da economia local e regional”.
Toda esta operação “teve como culminar a candidatura que estamos a tramitar de Vila Real de Santo António a Património da Humanidade”, afirmou Luís Gomes.
O edil anunciou que, na próxima semana, a autarquia vai fazer “a apresentação do projecto no ministério dos Negócios Estrangeiros, que contempla o centro histórico pombalino e a vila de Cacela Velha, para serem submetidos à apreciação da Organização das Nações Unidades para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Foto: Sociedade de Gestão Urbana VRSA