O ano de 2016 começa com uma absorção de escritórios em Lisboa 32% acima do registado em Janeiro 2015, revela a Aguirre Newman. De acordo com a consultora internacional, a área de escritórios contratada em Janeiro de 2016 (12.117 m2) foi superior em cerca de 32% à registada no mesmo mês de 2015 (9.206 m2).
Do mesmo modo, foram registadas 13 operações, correspondendo a menos três transacções do que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no CBD (Zona 2), com 28% da área transaccionada. No extremo oposto, a Zona Secundária (Zona 4) e Parque das Nações (zona 5) não registaram qualquer operação no primeiro mês de 2016.
Analisando a distribuição geográfica dos m² colocados, o Prime CBD (Zona 1) e CBD (Zona 2) registaram a maior área contratada em Janeiro, traduzido em 4.832 m2 e 3.335 m2, respectivamente.
A superfície média contratada por transacção aumentou cerca de 62%, de 575 m2 em Janeiro 2015 para 932 m2 em 2016.
Avaliando a absorção por intervalo de área contratada em Janeiro do ano em curso, nas zonas Prime CBD (Zona 1) e Zona Emergente (Zona 3), 50% das transacções registaram uma superfície inferior a 300 m2.
Do total da área contratada em Janeiro de 2016, 2% são em edifícios novos e os restantes 98% em edifícios usados, denotando uma incidência clara em instalações usadas.
No mês de Janeiro de 2016, o sector ‘Serviços Empresas’ destaca-se, tendo sido responsável por 64% da área contratada (7.709 m2 num total de 12.117 m2).
Na opinião de Paulo Silva, director geral da Aguirre Newman: “Os 32% de crescimento na colocação de escritórios entre os meses de Janeiro de 2015 e 2016 não serão extrapoláveis para os valores acumulados de 2016. Espera-se que o mercado de escritórios apresente uma absorção próxima dos níveis de 2015 (cerca de 145.000 m2). Coloca-se, no entanto, a questão de sabermos se a falta de escritórios de qualidade disponíveis, em Lisboa, irá inviabilizar a dinâmica da procura existente. Se tivermos em conta, a zona do Parque das Nações, a oferta disponível no final de 2015 (17,414 m2) era inferior ao take-up registado durante o ano (25.220 m2). Assim, tanto a nível qualitativo como quantitativo, a oferta disponível poderá ser um factor limitativo a um crescimento significativo da colocação de escritórios em 2016 comparativamente a 2015”.