A Câmara Municipal de Covilhã anunciou que a partir de 2018 o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai agravar para determinados imóveis. Na lista está o aumento para o dobro desta taxa nos prédios em áreas abandonadas, sendo que o valor triplica nos prédios urbanos em ruínas.

O presidente da autarquia, Vítor Pereira, adiantou à agência Lusa, que, embora no caso dos prédios urbanos se mantenha a taxa geral de 0,35%, está previsto um agravamento para o triplo no caso dos prédios devolutos e em ruínas há mais de um ano e uma majoração de 30 por cento para os prédios que se encontrem degradados.

Vítor Pereira explicou que estas taxas visam “fomentar o mercado do arrendamento e consequente redução dos valores das rendas”, pois acredita “que, para evitar o agravamento do imposto, os proprietários passarão a fazer mais obras, colocando assim mais casas no mercado de arrendamento e levando a que os preços também possam baixar, o que deverá favorecer essencialmente as famílias mais desfavorecidas, já que são estas que normalmente não detêm habitação própria”.

Refira-se que no caso dos prédios rústicos, o IMI é de 0,80%, mas este valor duplicará no caso dos campos que estejam ao abandono. Com isto, Vítor Pereira diz que a autarquia pretende “contribuir para a limpeza da floresta, fomentando a segurança ambiental e evitando situações como as dos incêndios florestais que regularmente ocorrem no Verão”.

O autarca destacou ainda que a manutenção dos valores das taxas até 2017 só foi possível graças ao “caminho de contenção financeira que tem sido seguido” e que evitou o recurso a um saneamento que implicaria a obrigatoriedade de aplicação das taxas máximas.

Foto: Por Roger Amaral Scheridon de Moraes - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1873311