A CBRE anunciou que obteve, em 2016, um crescimento de 25% face a 2015. Desta forma, a consultora volta a bater o seu recorde e alcança os melhores resultados desde que está em Portugal.
Para o director-geral da CBRE em Portugal, Francisco Horta e Costa, “estes resultados são fruto do trabalho árduo de uma equipa altamente qualificada, que soube interpretar as necessidades dos nossos clientes, num momento de forte dinâmica do mercado”. Acrescentando que “ficamos muito satisfeitos por termos um crescimento superior a 100% em áreas não transaccionais como a Gestão de Activos Imobiliários e Arquitectura e Gestão de Projecto, mantendo a liderança no mercado em avaliações e, ao mesmo tempo, com um forte crescimento em transacções”.
De acordo com a consultora, no ano transacto, os departamentos de Investimento e Promoção/Reabilitação assessoraram 34 transacções num total de 260.000 m2 e com um valor superior a 550 milhões de euros, que envolveram oito edifícios de escritórios, três hotéis, cinco activos logísticos, 17 edifícios para reabilitar e um terreno.
Entre as transacções destacam-se a venda do Edifício Monumental no Saldanha à Merlin Properties, a colocação de 25% do Sierra Portugal Fund, em representação da Sonae Sierra, junto de um investidor americano e a venda de uma plataforma logística do maior retalhista de artigos desportivos em Portugal numa operação de Sale & Leaseback. Esta última foi a maior operação de investimento em logística em Portugal em 2016.
A CBRE foi responsável pela assessoria nas transacções dos hotéis Viking e uma unidade hoteleira na Madeira a um investidor nacional, bem como a venda do hotel Lawrence, em Sintra, a um investidor privado estrangeiro.
Para reabilitação, realizou-se a venda de um fundo de investimento imobiliário, com dez imóveis, em Lisboa, a um fundo de pensões europeu, a venda, a um family office holandês, de um dos mais emblemáticos edifícios da Rua Garrett e a transacção de cinco imóveis na zona da Baixa-Chiado, a vários investidores internacionais.
Entre estes negócios, a CBRE destaca, no final de 2016, a venda do Edifício do Diário de Notícias, com cerca de 6500 m2, a um promotor imobiliário internacional.
A CBRE inicia 2017 com um conjunto de processos em fase avançada de negociação, que se deverão concluir nos próximos três meses, com um valor de mercado de quase 450 milhões de euros, bem como dará início a várias instruções de comercialização de imóveis com um valor potencial de cerca de 300 milhões de euros.
No que respeita à Comercialização de Espaços para Ocupantes, a CBRE registou um crescimento de 20% nesta linha de negócio, com mais de 135.000 m2 comercializados. O departamento de Escritórios esteve envolvido na negociação de 20.000 m2, sendo os mais relevantes a colocação da Global Media num espaço de 5.200 m2 nas Torres de Lisboa e a Nowo, em 2.000 m2, no Edifício Lisboa, no Parque das Nações. A CBRE foi ainda responsável pela colocação da Sanofi num escritório de 2.000 m2 no Lagoas Park e a AXA Assistance em 1.500 m2 no Edifício Libersil, na Avenida da Liberdade.
Em 2016 os negócios realizados pelo departamento de Comércio totalizaram cerca de 40.0000 m2 distribuídos por Retail Parks (17.500 m2), Comércio de Rua (16.000 m2) e Centros Comerciais (6.500 m2). Destaca-se a colocação da Flagship Store da New Balance e das Havaianas no Porto e A Vida Portuguesa e Anselmo 1910, no Chiado, em Lisboa.
Na área da restauração, a colocação do McDonald’s e da Pizzeria Zero Zero no Parque das Nações e da Delidelux junto à Av. Liberdade foram levadas a cabo pela CBRE.
O departamento de Comércio garantiu ainda a ocupação a 100% do Parque Mondego, com a negociação e abertura de quatro novas lojas, e o início da comercialização da segunda fase do Matosinhos Retail Park, com a colocação da Media Markt e Deborla.
O departamento de Armazéns e Logística registou um forte crescimento de actividade com a comercialização de 75.000 m2 de Norte a Sul do País, com destaque para o arrendamento de uma nave logística, no Parque Autoeuropa, com cerca de 11.500 m2, e o arrendamento de dois armazéns com um total de 12.000 m2, em Aveiro.
O departamento de Residencial consolidou a equipa no ano de 2016, sendo responsável pela comercialização de vários empreendimentos em Lisboa, como o Boavista 62, Áurea 72, Edifício Leonel, Ouro Grand, Park Avenue e Terraços da Guia.
Em Avaliações a CBRE avaliou cerca de 200 milhões de m2, totalizando um valor superior a 10 mil milhões de euros e 30.000 propriedades. Entre os vários imóveis sobressai a avaliação do património do Novo Banco para efeitos de aquisição de uma entidade internacional.
O departamento de Consultoria realizou mais de 20 estudos de análise estratégica e reposicionamento, quer de centros comerciais como de escritórios, assim como análises de best-use para o desenvolvimento de terrenos e estudos de apoio à transacção de imóveis com a realização de relatórios de Due Diligence Comercial. Entre os seus clientes incluem-se entidades como o Millennium BCP, a Rockspring e a Finsolutia.
Em 2016, Gestão de Activos Imobiliários registou um crescimento de 100%, sendo agora responsável pela gestão de cerca de um milhão de m2, com um valor superior a 800 milhões de euros. O grande crescimento deveu-se a vários novos mandatos no sector logístico, para clientes como a Logicor, Aberdeen e CBRE Global Investors, e no sector do comércio, com o mandato de gestão de três centros comerciais: Alameda Shop & Spot, Nosso Shopping e Alma Shopping.
O último ano foi de forte crescimento e consolidação na área de Arquitectura e Gestão de Projectos (Building Consultancy) com um incremento da facturação superior a 100%.
No sector de escritórios o destaque vai para os projectos de fit out em que a CBRE realizou o design e a gestão de projecto da Merck, com 1.300 m2, SAS, com 800 m2, Sealed Air, com 800 m2, a gestão de projecto da renovação do lobby da Torre Oriente do Colombo e está ainda em curso a obra do novo escritório da Axa Assistance com 1.500 m2, na Avenida da Liberdade.
A CBRE, no segmento de comércio, foi responsável pelo project management de renovação do foodcourt do Forum Aveiro. Encontra-se em curso o projecto de reformulação integral do Nosso Shopping em Vila Real, cujo conceito e a gestão de projecto estão a cargo da CBRE.
Em Entreprise Facility Management a CBRE geriu em 2016 instalações de empresas como a IBM, BP, Cisco, BBVA, Microsoft ou Motorola, com uma equipa especializada de 46 colaboradores em 13 Edifícios, três centros informáticos e 15 agências, a prestar serviços a um total de cerca de 4.000 ocupantes.
A neoturis, empresa do grupo CBRE, apresentou um crescimento de 15% na sua actividade, com diversos projectos para clientes e investidores nacionais, belgas, brasileiros, norte-americanos, do Kuwait ou Qatar.
Destacam-se processos de selecção de cadeias hoteleiras para arrendamento, gestão ou franchise de unidades em Portugal, estudos de mercado, definição de best-use e viabilidade económica para hotéis e empreendimentos turístico-imobiliários integrados ou estratégias de desenvolvimento e marketing para visitor attractions ou regiões turísticas nacionais.
Para o director-geral da CBRE Portugal, “2017 irá ser o ano em que os bancos, agora recapitalizados, com novos accionistas e com um nível significativo de imparidades registadas, vão acelerar a venda de activos, o que terá impacto positivo na dinâmica de mercado”.
Francisco Horta e Costa prevê ainda que “este ano, em resultado da manutenção das taxas de juro a níveis historicamente baixos, vai continuar a existir uma forte procura de imóveis de rendimento e imóveis para reabilitação”. Referindo ainda que “os investidores estão conscientes que têm que assumir mais risco para obter rentabilidades mais elevadas. Este factor, conjugado com a escassez de oferta de escritórios de qualidade, irá ter como consequência a retoma da promoção imobiliária e a consequente venda de terrenos para construção de escritórios, mas também para habitação e logística”.
Este ano a procura de escritórios por parte de empresas de nearshore vai implicar a expansão do mercado de escritórios para outras cidades como Porto e Braga. Ao nível de centos comerciais, prevê-se a abertura de dois novos espaços a Sul do País: o Mar Shopping Algarve e o Évora Shopping.
Francisco Horta e Costa antecipa ainda que “é expectável a manutenção da actividade de procura de cadeias hoteleiras no turismo e a retoma dos processos de comercialização de empreendimentos turístico-imobiliários de média-grande dimensão, essencialmente em Lisboa, Porto e Algarve. O Douro e Alentejo são já regiões em análise por parte de investidores internacionais”.