O ‘ManpowerGroup Employment Outlook Survey’ para o segundo trimestre de 2017 revela que a contratação irá continuar a crescer, com as grandes empresas, o sector Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços e a região Sul do País a reportarem as projecções mais fortes para a criação líquida de emprego no período entre Abril e Junho.
De acordo com este estudo, a projecção para a criação líquida de emprego em Portugal é de +10%, cinco pontos percentuais mais alta que no trimestre anterior. Além disso, existem previsões positivas em todas as regiões e todos os sectores de actividade.
A projecção para a criação líquida de emprego mais forte é feita pelos empregadores do sector de Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços que reportam uma previsão de +19%.
De destacar que os empregadores do Sul do País prevêem o volume de contratação mais forte do segundo trimestre (+12%); enquanto, na comparação por dimensão, as grandes empresas antecipam a maior projecção para a criação líquida de emprego, com uma previsão de +18%.
Em geral, é esperado que o emprego continue a crescer. A maior projecção é reportada em Taiwan (+24%), sendo que os empregadores do Brasil reportam as projecções mais baixas (-4%) para o segundo trimestre.
No que diz respeito aos empregadores portugueses, estes revelam intenções de contratação moderadamente optimistas para o período compreendido entre Abril e Junho de 2017. Com 12% a prever um aumento, 2% a antecipar uma redução e 81% a considerar que não haverá alterações. A projecção para a criação líquida de emprego situa-se nos 10%.
Os empregadores dos nove sectores prevêem um crescimento da contratação durante o segundo trimestre de 2017. A melhoria mais significativa é antecipada em Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços, sector no qual a projecção para a criação líquida de emprego é de 19%. Nos sectores da Restauração e Hotelaria e da Agricultura, Florestas e Pescas é projectada uma subida de 16% e 15%, respectivamente. Os empregadores do sector do Comércio Grossista e Retalhista reportam perspetivas de contratação com valores assinaláveis, de 13% e no sector da Construção 12%. As perspectivas mais moderadas surgem dos sectores da Indústria e Público com 2% e 4%, respectivamente.
Em comparação com o primeiro trimestre do ano, as intenções de contratação melhoram em sete dos nove sectores. Os empregadores do sector de Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços reportam um aumento significativo de 18 pontos percentuais, enquanto a projecção para o sector de Fornecimento de Electricidade, Gás e Água é de uma melhoria de 12 pontos percentuais. No sector da Construção, os empregadores reportam um aumento de 10 pontos percentuais, enquanto se prevê uma melhoria de oito e sete pontos percentuais respectivamente nos sectores de Agricultura, Florestas e Pescas e de Comércio Grossista e Retalhista. Contudo, as perspectivas de contratação decrescem em dois sectores, com maior relevância no sector de Transportes, Logística e Comunicações que desce quatro pontos percentuais.
“O Manpower Employment Outlook Survey projecta, para o segundo trimestre de 2017, que continuaremos a assistir a uma tendência positiva no mundo do trabalho em Portugal. A criação líquida de emprego vai aumentar 10%, o que certamente terá um efeito positivo no consumo privado, com impacto directo na economia nacional. Se a esta projecção, juntarmos a análise ao comportamento das taxas de juro comunicadas pelo Banco Central Europeu, podemos esperar que exista um efeito positivo no crescimento do nosso Produto Interno Bruto” refere Nuno Gameiro, Country Manager da ManpowerGroup Portugal.
Os empregadores portugueses antecipam que a contratação prosseguirá em terreno positivo nas três grandes regiões do País, durante o segundo trimestre de 2017. Os empregadores com melhores perspectivas são os do Sul, que projectam uma criação líquida de emprego de 12%. Tanto no Norte como no Centro é antecipado um aumento optimista, de 10% e 9%, respectivamente.
Os empregadores da região Norte preveem uma melhoria encorajadora da contratação no segundo trimestre de 2017, revelando uma projecção para a criação líquida de emprego de 10%, sete pontos percentuais acima do que nos três meses anteriores. Com uma projecção para a criação líquida de emprego de 9%, o clima de contratação na região Centro é significativamente favorável, seis pontos percentuais acima do período entre Janeiro e Março. A projecção para a criação líquida de emprego no Sul antevê-se estável para o segundo trimestre de 2017, comparativamente com o período anterior regista-se uma subida de um ponto percentual, para os 12%.
Perspectiva-se que a massa salarial aumente nas quatro categorias referidas durante o segundo trimestre de 2017. Nas grandes e nas médias empresas, as projecções para a criação líquida de emprego apontam para um crescimento sustentado de 18% e de 15%, respectivamente. O aumento será ligeiramente mais moderado nas pequenas empresas, com um crescimento previsto de 9%, e significativamente mais baixo nas micro-empresas, embora positivo, com uma projecção para a criação líquida de emprego de 4%.
“Quando comparado com as projecções para o último trimestre, a criação de emprego vai crescer ao dobro da velocidade, e a sazonalidade explica a mudança nos sectores que esperam criar mais empregos. De igual modo, é extremamente interessante observar que as grandes empresas são as que mais vão contribuir para o crescimento da criação de emprego líquida, o que pode ser observado como um sinal de confiança no mercado português” conclui Nuno Gameiro.
Foto: Anabela Loureiro