Fruto da crise imobiliária e do crédito malparado, os bancos começaram a aplicar taxas de juro mais baixas do que as dos restantes créditos à habitação. A informação é avançada hoje pelo Diário Económico baseado no relatório da Deco que será publicado na revista Dinheiro & Direitos.

Este documento revela que o elevado número de imóveis provenientes do crédito mal parado, ou seja, de casas entregues pelas famílias por incumprimento com pagamento das prestações do respectivo empréstimo à habitação, as instituições bancárias decidiram reduzir de forma acentuada as taxas de juro de forma a rentabilizar o portfolio habitacional que têm em carteira.

A Taxa Anual Efectiva (TAE) cobrada nos imóveis que pertencem aos bancos é de 2,956%, enquanto nos imóveis no mercado esta taxa é de 6,457%, ou seja, existe uma diferença de menos de metade.

Este documento avança ainda que os spreads estão muito abaixo do crédito tradicional, as comissões iniciais são mais acessíveis, o prazo máximo permitido pode ser mais alargado e o montante de financiamento chega aos 100%.