A 50.ª edição da Facim, feira que decorre em Moçambique, abre hoje portas. Presentes vão estar o vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que lidera uma missão oficial a este país, e cerca de 150 empresas portuguesas.

A visita de Paulo Portas decorre num período em que a economia moçambicana mantém previsões de crescimento acima dos 7% em 2014 e de aumento das trocas comerciais entre os dois países. Neste cenário, Portugal é, desde 2008, um dos três maiores investidores estrangeiros em Moçambique, tendo no primeiro semestre deste ano sido o maior, à frente de África do Sul e China, e o que mais emprego criou. Não é, pois, de estranhar que participem na Facim 50 empresas representadas oficialmente no pavilhão de Portugal.

Ainda assim, a organização da Facim revelou que o número de inscrições no pavilhão oficial de Portugal é menor em relação à edição de 2013, mas a participação global na Facim de empresas portuguesas ou moçambicanas com capitais portugueses atinge as 150 presenças, o que está “ao mesmo nível de anos anteriores”.

O vice-primeiro-ministro chegou no sábado à noite a Maputo, acompanhado pelos secretários de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, e da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, e dois administradores da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).

Refira-se que Paulo Portas visita pela quarta vez consecutiva a Facim e está de regresso a Lisboa, para participar no conselho de ministros extraordinário, na terça-feira, Dia de Portugal na maior feira empresarial moçambicana.

No primeiro dia da Facim, que se prolonga até 31 de Agosto, a feira recebe também a visita das delegações do Encontro Empresarial China-Países de Língua Portuguesa, cuja reunião está prevista para terça-feira em Maputo.

Fundada em 1964 por empresários portugueses, a Facim foi das poucas marcas associadas ao regime colonial português que sobreviveu à independência de Moçambique, representando há 50 anos a economia moçambicana.