O volume de capital australiano que vai ser investido em mercados imobiliários intercontinentais deverá crescer até 2020. Esta é a grande conclusão do estudo revelado pela International Capital Group da Jones lang LaSalle.
“A ascensão, queda e intenções futuras do investimento australiano intercontinental” mostra que a maior fatia deste capital terá origem no sistema de pensões australiano (o Supperannuation), no âmbito do qual os activos sob gestão deverão superar os USD 2,8 triliões até 2020. Deste montante, cerca de USD 75 biliões deverão estar disponíveis para investimento noutros continentes, estimando-se que 10% deste volume (USD 7,5 biliões) seja alocado ao sector imobiliário.
Baseado em contribuições obrigatórias, o sistema australiano de Supperannuation é, de acordo com diversos indicadores, a quarta maior pool de activos do mundo, com o imobiliário a concentrar cerca de 10% dos actuais USD 3,1 triliões de activos sob gestão. As contribuições para este sistema estão fixadas de forma a crescerem gradualmente até alcançarem 12% de um salário individual até 2020, aumentando de forma significativa o volume de capital disponível para investir em mercados imobiliários internacionais.
O Head de European Capital Markets da Jones Lang LaSalle, Richard Bloxam, referiu que “face a um mercado australiano doméstico que se mostra incapaz de oferecer oportunidades suficientes para garantir a exposição ao sector imobiliário procurada pelos fundos, os mercados imobiliários europeus estão bem posicionados para beneficiar de fluxos de investimento crescentes”.
Já o Head do International Capital Group na Europa da Jones Lang LaSalle, Matt Richards, salientou que “a maioria dos Super Funds mantêm-se cautelosos em relação aos mercados intercontinentais após a crise financeira global. Esta realidade resultou numa forte apetência doméstica e um desejo crescente para deter imóveis de forma direta. Esperamos que a próxima onda de capital australiano com destino a outros continentes possa emergir na forma de joint-ventures e mandatos específicos de investimento com gestores de fundos europeus especializados”.