O grau de exigência dos gestores de topo para alcançar maiores níveis de produtividade está a crescer substancialmente e a criar uma espécie de “panela de pressão” no que toca às expectativas relativas às equipas de imobiliário corporativo (CRE – Corporate Real Estate), revela o novo relatório global da JLL.
Analisando o contributo de 544 gestores de imobiliário corporativo a nível mundial, dos quais 32% na Europa, o inquérito dá conta do reconhecimento crescente dos gestores de topo em relação ao imobiliário corporativo e à correspondente pressão sobre as equipas responsáveis pela sua gestão.
“Actualmente em toda a Europa, Médio Oriente e África, os CEO’s estão muito focados na obtenção da máxima produtividade dos seus espaços de escritórios. Em resposta a isso, os gestores de imobiliário corporativo devem usar informação e dados de análise cada vez mais sofisticados, de modo a tornar os seus portefólios imobiliários mais eficientes”, diz Vincent Lottefier, Global Director e CEO de Corporate Solutions da JLL na região EMEA.
Vincent Lottefier acrescenta que “ao falarmos com os profissionais de imobiliário corporativo da região, descobrimos que o maior desafio que enfrentam é a necessidade de equilibrar a redução de custos com a criação de valor. Mas, embora constatemos que a função do profissional de imobiliário corporativo está a amadurecer rapidamente, a sua mudança de gestor estratégico para consultor de confiança está longe de estar plenamente concretizada”.
A terceira edição do relatório bienal da JLL “Global Corporate Real Estate Trends” revela que hoje em dia as equipas de imobiliário corporativo estão a ser mais desafiadas a transformar o seu papel de alguém que recebe ordens para o de alguém que dita essas ordens, comparativamente à última edição deste estudo em 2013. Mais de metade dos inquiridos relatou mesmo expectativas dos executivos de topo ainda maiores em quase todas as categorias.
Cerca de 15% dizem não estar suficientemente equipados para satisfazer as solicitações crescentes – uma proporção que praticamente duplicou desde 2013. Entretanto, a percentagem daqueles que dizem estar “bem-equipados” caiu de 28% para 17%. A falta de acesso a informação e a dados analíticos foi o principal constrangimento apontando, limitando ainda mais o desenvolvimento da função do imobiliário corporativo.
De acordo com Vincent Lottefier, os meios mais eficazes para transformar a função do imobiliário corporativo numa área de negócio é dar prioridade às pessoas e aos seus talentos. Isto, em conjugação com uma forte plataforma analítica e de dados irá facilitar a tomada de decisões mais informadas no âmbito do imobiliário corporativo.
“A chave para se atingir o balanço certo em termos de imobiliário corporativo a nível mundial é desenvolver uma abordagem alinhada com o próprio negócio e que priorize dados científicos, conjugada com uma liderança pró-activa e a capacidade de análise a longo prazo”, disse Lottefier. “Sem esta mudança, as equipas de imobiliário corporativo continuarão com a sua actividade ‘como é normal’ ao invés de avançarem para o próximo nível”.
As principais exigências dos executivos de topo para as equipas de CRE, incluem um maior compromisso com o negócio. 62% dos executivos CRE relatam uma exigência crescente dos gestores de topo para que apresentem cenários e soluções imobiliários para o negócio e quase 70% registam uma exigência crescente para apresentar novos desafios face às supostas necessidades de espaço da empresa.
Entre essas exigências está também o melhorar o local de trabalho e a produtividade dos colaboradores. As equipas CRE estão na linha da frente para a criação de uma experiência mais positiva e para aumentar a eficiência no local de trabalho. 62% das equipas de CRE dão conta de uma procura crescente por parte da liderança para que tornem o local de trabalho mais flexível, enquanto 59% constatam uma exigência crescente para apoiar a mudança cultural.
Melhorar a produtividade dos activos e do negócio é ainda outra das exigências. Os executivos também esperam uma melhoria da produtividade do portefólio imobiliário e de instalações, uma meta complexa com várias partes em movimento. Em 2015, 60% das equipas CRE relataram pressão para melhorar a produtividade dos activos imobiliários, um aumento significativo face aos 47% que referiram esta pressão em 2013.