O grupo Meliá Hotels International acaba de apresentar os resultados financeiros correspondentes aos primeiros nove meses do ano, os quais foram influenciados pelo impacto positivo da conjuntura turística vivida em Espanha.

Os resultados positivos são também fruto da estratégia de melhoria, rebranding e reposicionamento desenvolvido nos resorts mais emblemáticos do grupo nos últimos anos, alcançando aumentos de RevPAR de 40%. A experiência e liderança da Meliá no segmento de lazer, também contribuíram para o seu sucesso no âmbito dos hotéis urbanos, que em Espanha registaram um crescimento notável no ingresso médio por quarto de 11% no terceiro trimestre.

O grupo registou um lucro líquido de 92,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 74% em relação a período homólogo de 2015. A Meliá destaca a sólida evolução do seu negócio hoteleiro como a alavanca mais importante nos resultados, onde os ganhos de capital não são contados por rotação do activo uma vez que as vendas do terceiro trimestre ainda não estão fechadas.

Para o encerramento de 2016 e 2017, o Grupo espera concluir a venda de alguns activos não estratégicos do seu portefólio de forma a fortalecer o modelo de joint-ventures, como impulsionador da estratégia de transformação de activos necessários para futuros investimentos. O que contribui para o incremento da qualidade das propriedades operadas pelas diferentes marcas do grupo e para a intensificação do modelo de negócio. Neste sentido, o grupo acaba de informar da recente venda do hotel Sol Parque San António (Ilhas Canárias) por oito milhões de euros, o que gerou um ganho de capital de cerca de quatro milhões de euros, valor que estará reflectido nos resultados do quarto trimestre.

Os resultados financeiros também foram influenciados positivamente, no final de uma produção significativa de débito (240 milhões de euros menos do que em Dezembro de 2015), com uma redução consistente da taxa média de juros, que se situou em 3,6%, gerando uma economia de custos de financiamento de 20,5 milhões de euros. A redução da dívida líquida da Meliá, que se estima em 528,8 milhões de euros, foi possível graças à amortização de obrigações convertíveis e aumento da geração de caixa da empresa. Todos estes esforços também contribuem para a melhoria dos rácios financeiros, como a relação Dívida Líquida/Ebitda (sem mais-valias) que o grupo espera manter a 2,5 e três vezes.

Em relação à expansão internacional, a Meliá Hotels International continua a adicionar hotéis em mercados emergentes, onde o grupo já está presente. Na Indonésia com as assinaturas do Meliá Lombok Tangkong, Melia Bintan e o Melia Pekanbaru. No Qatar com o Innside Doha, Vietnam e o Meliá Ho Tram. Em Cabo Verde com a assinatura de quatro hotéis: Meliá Salamansa e Melia Resort Lusofonia e na Tanzânia o Meliá Serengeti. Foram ainda assinados hotéis que abrem novos mercados para a cadeia, entre os quais no Cazaquistão, com o Meliá Almaty, no Irão com o Gran Melliá Ghoo ou Maldivas, com Gran Meliá Maldivas.

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