Foi considerado um projecto turístico-imobiliário com Potencial Interesse Nacional (PIN), mas nunca chegou a ser acabado. Agora, de acordo com o site da empresa Leilosoc, foi a leilão pelo preço base de quatro milhões de euros.

Inicialmente denominado por Vila Sol Évora, este é um empreendimento turístico-imobiliário que pertencia ao Grupo Euro Atlântica III, declarado insolvente em 23 de Novembro de 2012, e que se localiza entre a cidade de Évora e a vila do Redondo, na Herdade da Palheta. Compreende uma área de 300 hectares e foi considerado projecto PIN pela AICEP.

Quando foi lançado, este complexo tinha como foco central o conceito de enoturismo, contava com a assinatura do arquitecto Arsénio Cordeiro e representava um investimento de cem milhões de euros.

O empreendimento tinha equacionado um hotel conventual que iria nascer após a reabilitação da antiga casa senhorial, que se encontra em fase de construção. Na altura em que foi apresentado ao público, foi anunciado que o hotel teria uma gestão repartida entre o Grupo Vila Sol e o Grupo Marriott com a marca Renaissance.

Inicialmente estava previsto que o empreendimento fosse também dotado de um campo de golfe de 18 buracos de autoria do arquitecto Martin Ebert, um clubhouse, um aldeamento turístico (Aldeias Alentejanas), lotes para villas, casas de campo, spa, uma barragem, 26 hectares de vinha (actualmente já plantados e em exploração) e 30 hectares para plantação de olival.

Em declarações à agência Lusa, Ivo Rodrigues, da Leilosoc, afirmou que, apesar do nicho de mercado a que se dirige, é esperada a presença de “cerca de uma dezena” de investidores nacionais e internacionais no leilão que se realiza no dia 18 de Dezembro pelas 14h30, numa unidade hoteleira de Évora. Sendo que vai a leilão pelo preço base de quatro milhões de euros.

Ivo Rodrigues avançou ainda que a leiloeira pretende “recuperar o máximo de capital possível para os credores”. Acrescentando que esta operação não só “é muito importante para a economia local”, como pode ter um “impacto nacional” uma vez que parte do princípio que “alguém vai investir e criar postos de trabalho”.

A Lusa contactou igualmente o presidente da Câmara Municipal de Redondo, António Recto, que afirmou que o município quer “ver concluído o projecto”, uma vez que as mais-valias que daí podem advir “extravasam o concelho e têm impacto na região”.

O autarca lamentou que a empresa tenha falido derivado da “conjuntura nacional” e que isso tenha acabado por arrastar este projecto ao “longo de vários anos”. Ainda assim, mostrou-se esperançoso em que algum investidor “pegue no projecto”.

Foto: Site da Leilosoc